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Dá para ter Paz sem conflitos?

  • Foto do escritor: Larissa Amaral Psicóloga
    Larissa Amaral Psicóloga
  • há 13 horas
  • 3 min de leitura

Você já reparou que muitas pessoas fogem de discussões?

Mas e se eu te falar que o conflito é parte inevitável da vida social?


Não há como duas pessoas interagirem sem nunca discordarem de algo, sem ter opiniões distintas, ou, mesmo tendo o mesmo objetivo divergirem no como? Ou até terem o mesmo como, mas não saberem se expressar, aparentando estar discordando, mas usando a linguagem de maneira equivocada.

Já reparou que a simples mudança da palavra ERRADO para EQUIVOCADO já traz um peso menor para a fala?

Falar ”Você está errado” costuma ser mais pesado do que “Você está equivocado”. Por ser uma palavra mais utilizada e sempre com uma carga emocional intensa, às vezes com a emoção raiva, com objetivo ofender mesmo, acabou ficando “contaminada” e mesmo quando falada sem o objetivo de ofender, pode soar ao interlocutor como ofensiva. 

“Você está me desrespeitando.” 

Mas pode ser que o sujeito só estivesse falando que o comportamento ou pensamento do outro não é verídico, ou não é a melhor forma de agir.


Pensando nessa complexidade da comunicação associado às crenças e "traumas" de cada um, é compreensível que muitas pessoas tenham profundo temor em relação às confrontações, com receio de se colocarem em situações desconfortáveis. Isso pode fazer com que adotem comportamentos de evitação. Mas esse comportamento, benéfico a curto prazo, pode trazer prejuízos com o tempo. Ao tomarmos decisões em nossa vida, devemos levar em conta, além dos benefícios no curto prazo, as consequências posteriores, porque embora um pouco mais distantes uma hora chega.


O comportamento de evitar conflitos podem ter várias motivações por trás. Vou citar algumas:


  1. A crença de que a discordância de pontos de vista vão sempre terminar em brigas. Isso pode ser reflexo do histórico de vida da pessoa, que cresceu vendo conflitos gerando brigas, desgaste emocional e sem a resolução dos problemas que as geraram. Automaticamente o indivíduo vai associar a paz e a estabilidade emocional a ausência desses conflitos.

  2. Baixa tolerância ao mal estar. Neste caso está muito presente em pessoas com comportamentos imaturos, ilusórios, que não querem sentir emoções/sensações desagradáveis. Buscam relacionamentos saudáveis, prazerosos e felizes; mas acreditam que estes podem ser construídos sem esforços. Costumam ser os divulgadores de frases genéricas do tipo: “Se precisa fazer força, não é para ser.”, “Tem que ser natural.” ou “Tem que me aceitar do jeito que eu sou.”.

  3. A crença de desamor, quando o medo de ser abandonado é grande. Isso faz com que se fuja do conflito, por medo de desgastar e acabar afastando o outro.


E o que os 3 tipos citados acima têm em comum?

A falta de conhecimento do papel dos conflitos nas relações humanas.

Não se trata de romantizar, nem incentivar os problemas, mas identificar que eles existem e, fingir que não ou que não têm utilidade não vai resolver. Aceitar que é uma parte natural das relações humanas é fundamental para reduzir o medo associados a isso.

As divergências de pensamentos sobre determinadas situações é uma oportunidade a mais para analisar a situação sob outro ponto de vista, analisar novamente o motivo de você pensar assim e refletirem juntos o que fazer. Isso possibilita o crescimento pessoal, flexibilizando a sua mente ao se permitir ver a mesma coisa sob outro ângulo, corrigir erros de julgamento prévio ou mesmo identificar que há mais de uma forma de agir e ter êxito. Mas para isso será necessário um deslocamento de si para enxergar o outro, se permitir ouvir sem, automaticamente, julgar. Construindo assim melhor compreensão entre as partes e um vínculo mais sólido de confiança e respeito.

Mas lembre-se:

CONFLITOS são diferente de BRIGAS.


Quando as emoções tomam conta durante as discussões, não há mais diálogo e sim desabafos (catarse), com objetivo de "vomitar" tudo que estava guardado e despejar no outro. Diferente das conversas para análise das divergências com foco em explorar as possibilidades de preferências e buscarem juntos uma decisão em comum acordo, focando no bem dos dois e não apenas no seu próprio prazer momentâneo, com a expulsão do conteúdo que estava indigesto.


 
 
 

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